Projeto das fábricas de fertilizantes e de hidrogênio verde em Camaçari e Laranjeiras deve ser retomado pela Unigel.
A Unigel, que acaba de encerrar um processo de recuperação extrajudicial e reestruturou dívidas de R$ 5,1 bilhões, planeja seguir em frente com seu projeto de hidrogênio verde, em paralelo às negociações com a Petrobras em torno das fábricas de fertilizantes na Bahia e Sergipe.
A partir da reestruturação financeira, que trouxe desalavancagem de 60%, o grupo quer voltar a seus projetos de crescimento.
Com isso, parte dos US$ 100 milhões em recursos novos aportados na Unigel será direcionada para a conclusão da fábrica de ácido sulfúrico, cuja construção foi paralisada na Bahia. A conclusão das obras da fábrica de ácido sulfúrico é um dos pilares de sua recuperação.
O grupo também não desistiu de seguir adiante com o projeto de implantação de uma fábrica de hidrogênio verde em Camaçari.
Além das conversas em curso acerca do projeto com a Petrobras, que arrendou duas fábricas de fertilizantes para a Unigel, há negociações avançadas entre a empresa e uma companhia estrangeira, que tem operações no Brasil, para erguer o empreendimento.
A planta poderia ser erguida na Bahia, com operação independente da fábrica de fertilizantes que pertence à Petrobras. Com a utilização de energia de fonte renovável, seria possível produzir o hidrogênio verde, utilizado como insumo e considerado o combustível do futuro.
Petrobras e Unigel firmaram um acordo de confidencialidade com vistas a desenvolver “oportunidades na área de fertilizantes, hidrogênio verde e projetos de baixo carbono”. Um dos focos dos estudos era a obtenção de amônia verde, usando a estrutura da fábrica de fertilizantes de Camaçari.
O relacionamento entre Unigel e Petrobras, contudo, desandou e as companhias se enfrentam em uma arbitragem, relacionada ao contrato de gás natural que é usado para produção dos fertilizantes nitrogenados nas fábricas arrendadas, de Camaçari e Laranjeiras (SE). As duas fafens estão paralisadas, porque ficaram economicamente inviáveis com a queda dos preços da ureia (um fertilizante) no mercado internacional. Com informações do Valor Econômico.
Fonte: Bahia Econômica