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domingo, dezembro 21, 2025
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Nikolas propõe PEC que confronta decisão de Gilmar sobre impeachment do STF

Proposta de Nikolas Ferreira reage à decisão de Gilmar Mendes e garante tramitação automática de impeachment contra ministros do STF.

Oposição apresenta PEC para obrigar abertura de impeachment no STF

De acordo informações divulgadas pela imprensa nacional, foi protocolada nesta quarta-feira (3/12), uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) redigida pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) que pretende alterar as regras de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O texto estabelece que o presidente do Senado será obrigado a instaurar o processo sempre que um pedido tiver a assinatura de pelo menos três quintos dos 81 senadores — ou seja, 49 parlamentares.

A proposta surge como resposta direta à decisão liminar do ministro Gilmar Mendes, que atribuiu exclusivamente à Procuradoria-Geral da República (PGR) a prerrogativa de apresentar pedidos de impeachment contra ministros do STF. Para a oposição, a PEC “restabelece o caráter republicano do impeachment” e impede “interferências indevidas” do Judiciário no funcionamento do Senado.

Mudanças propostas pela PEC

A PEC altera quatro pontos centrais do procedimento de impeachment:

  1. Abertura automática com 3/5 de assinaturas

Se o pedido for protocolado com apoio de pelo menos 49 senadores, o presidente do Senado deverá recebê-lo obrigatoriamente e abrir o processo.

  1. Qualquer cidadão pode denunciar

A proposta resgata a regra histórica que permite a qualquer cidadão apresentar denúncia contra ministros do STF.

  1. Competência exclusiva do Senado

A PEC reafirma que cabe unicamente ao Senado processar e julgar os ministros, sem participação da PGR para abertura.

  1. Vedação de interferência judicial

O texto proíbe que o Poder Judiciário interfira no andamento do processo, salvo para garantir a defesa do acusado.

De acordo com a justificativa da oposição, a mudança “constitucionaliza que o impeachment é um procedimento de natureza político-institucional”, afastando o controle judicial prévio ou posterior.

Contexto: pedidos de impeachment no Senado

O debate sobre o tema ganhou força em 2024 após a oposição apresentar um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes com 41 assinaturas — número insuficiente para atingir os 3/5, mas significativo politicamente.

Na ocasião, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), recusou-se a instaurar o processo e declarou que não pautaria “nem com as assinaturas dos 81 senadores”. Até julho deste ano, o Senado registrava 29 pedidos de impeachment contra Moraes.

Se aprovada, a PEC limitaria o poder discricionário do presidente da Casa, acelerando a tramitação de pedidos de impeachment e alterando o equilíbrio institucional entre Congresso e Supremo.

Da Redação do RS NOTÍCIA

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