Os delegados da PF avaliam que na operação autorizada pelo ministro Alexandre Moraes contra empresários a favor do governo houve abuso de poder.
Um grupo de 131 delegados aposentados da Polícia Federal (PF) protocolou uma notícia-crime contra Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o delegado Fábio Alvarez Shor, da Diretoria de Inteligência da PF, por abuso de autoridade. O documento chegou ao Ministério Público Federal há cinco dias. A quantidade de signatários foi informada pelo portal Metrópoles.
Os delegados pedem a abertura de um inquérito para apurar irregularidades durante a operação da PF contra oito empresários pró-governo, autorizada por Moraes, em virtude de um suposto golpe de Estado por meio do WhatsApp.
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“São inacreditáveis as fundamentações dos argumentos do ministro Alexandre de Moraes para enquadrar os oito empresários como sendo líderes de organização criminosa”, afirmaram os delegados. “Há nítido caráter político-partidário nas ações de Moraes. Solicitamos providências cabíveis, em face da possível suspeição do ministro para o exercício de suas funções na presidência do Tribunal Superior Eleitoral, por lhe faltar a imparcialidade necessária.”
Os delegados reforçam ainda o “viés político da operação”: “Parte das mencionadas medidas teria sido solicitada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede), coordenador da campanha do candidato Lula à Presidência da República, e outros representantes de um dos espectros do embate político”.
O grupo também pede a anulação da investigação contra os oito empresários. Sobre o delegado Fábio Shor, os requerentes alegam ser “inadmissível desconhecer que os investigados não possuem foro privilegiado”. “Existe algum motivo especial para a autoridade policial ficar indiferente a esses conhecimentos?”, interpelou a notícia-crime.
Com informações do portal da Revista Oeste