A história que a vereadora de oposição Mônica Sobral, insiste em reescrever, sem a devida apuração da veracidade dos fatos.
Há momentos na política em que o discurso ultrapassa o limite da crítica e se transforma em pura tentativa de revisionismo. Foi exatamente o que se viu na sessão legislativa dessa terça-feira, 28 de outubro, na Câmara de Laranjeiras. A vereadora de Oposição da Bolha da Sorte, em tom emotivo e combativo, decidiu revisitar o processo eleitoral de 2004 — ano marcado pela disputa entre sua mãe, Dona Ione Sobral, e Paulão da Varzinhas, e também pela perda de seu pai, o ex-prefeito José Sobral.
Em meio às lembranças, a parlamentar lançou uma acusação tão séria quanto infundada: a de que opositores teriam festejado o falecimento de seu genitor, soltando fogos e algo mais… Uma narrativa carregada de emoção, mas completamente dissociada da realidade dos fatos.
A VERDADE DOS FATOS
Naquele momento, a reação do então prefeito e candidato à reeleição, Paulão da Varzinhas, foi justamente o oposto do que insinuou a vereadora. Ao receber a notícia da morte de José Sobral, cancelou imediatamente o comício programado para aquela tarde e suspendeu sua campanha por três dias, em gesto público de respeito e solidariedade.
É triste constatar que, vinte anos depois, tentativas de distorcer a história ainda encontrem eco em discursos políticos. Laranjeiras, contudo, conhece bem seus protagonistas e sabe distinguir quem age com respeito e quem tenta manipular a memória coletiva para fins eleitoreiros.
A política, quando guiada pela verdade, engrandece o debate. Quando se apoia em falsos testemunhos, apequena quem a pratica. É hora de lembrar: a história não se reescreve ao sabor das conveniências — e a ética continua sendo o verdadeiro divisor entre quem busca servir e quem busca se servir do poder.
Este esclarecimento é motivado pelo espírito ético e justo que fundamenta o nosso caráter. Independentemente de posicionamento ou tendência política, não poderia deixar de corrigir os fatos mencionados pela vereadora, pois, à época, também participei do processo eleitoral de 2004 e testemunhei de perto os acontecimentos.
Por Reginaldo Santos



