O Centro Cultural está localizado no Bureaux de Informações Turísticas, tendo como destaque principal a obra Madona, pintada em Paris, em 1887, três anos antes da sua morte.
O Prefeito de Laranjeiras, José de Araújo Leite Neto (Juca), acompanhado de autoridades locais e do Secretário de Estado do Turismo, Marcos Franco, inaugurou nesta sexta-feira, (24), Dia da Sergipanidade, o Centro de Cultura Horácio Hora, que tem como destaque principal a obra Madona, pintada em Paris, em 1887, três anos antes da sua morte em 1890.
O espaço localizado no Bureaux de Informações Turísticas, no município histórico, também conta com réplicas de outras obras do artista laranjeirense, que viveu a infância e a adolescência em Laranjeiras e, aos 22 anos, foi aprimorar suas habilidades artísticas na capital francesa.
O curador Marchand, Eduardo Paixão, destacou que: “os laranjeirenses hoje têm o privilégio de ver e apreciar obras de um artista que levou o nome de Laranjeiras e de Sergipe para a Europa. Sem dúvida, Horácio Hora inspirou tantos outros pintores, não só em Sergipe, mas no Brasil e no mundo. Portanto, ter uma obra original de Horácio Hora na sua terra natal é uma conquista histórica Por isso, só temos que enaltecer a sensibilidade de uma gestão que incentiva a valorização das suas personalidades ilustres e da identidade cultural de uma cidade tão rica em belezas naturais, arte e cultura”, disse.

O Secretário Municipal de Cultura, Leomax Célio ressaltou que, com a inauguração do Centro Cultural, Laranjeiras reafirma a importância de ser uma cidade-refrência em arte e cultura, não só em Sergipe, mas em todo Brasil. “Laranjeiras já é conhecida pelas suas belezas naturais, diversidade de arte e cultura, mas, agora, com este centro cultural dedicado a um artista de renome mundial e filho desta cidade, reafirmamos o compromisso de valorização e preservação da nossa identidade. Contudo, Laranjeiras ganha um templo, que é um convite à inspiração para novas gerações”, destacou.

O prefeito de Laranjeiras, José de Araújo Leite Neto frisou que a inauguração do Centro Cultural não é somente uma obra entregue à população, mas um espaço para aproximar os laranjeirenses do mundo das artes e da cultura. “Cada obra em Laranjeiras não é só concreto, mas traz um sentimento de pertencimento e responsabilidade social. Nesta, por exemplo, fizemos a aquisição de uma obra de arte original de uma artista local, que levou ao mundo o nome da nossa cidade e do nosso estado. A partir disso, pensamos neste centro para enaltecer as obras e o artista tão grandioso, que é Horácio Hora. Já temos aqui um monumento com os restos mortais, mas isto ainda não era suficiente. Dessa maneira, hoje fazemos uma homenagem mais do que justa e isso vai inspirar gerações futuras”, reafirmou o prefeito.
Com informações Release Comunicação/ASCOM PML.
CONFIRA NO SEGUINTE TEXTO, O RESUMO DA HISTÓRIA DE HORÁCIO HORA:
Horácio Pinto da Hora nasceu em Laranjeiras, Sergipe, no dia 17 de setembro de 1853 e faleceu em Paris, na França, no dia 28 de fevereiro de 1890. (portanto, faleceu aos 37 anos de idade), Filho de Antônio Esteves de Souza e Maria Augusta da Hora, irmão de Joana que se casou com Baltazar Góis, famoso intelectual da época. Horácio pertencia a famílias tradicionais da província de Sergipe.
O jovem passou a infância e a adolescência em Laranjeiras e foi na sua infância que desenvolveu seus primeiros trabalhos artísticos, em virtude disso, no ano de 1875, aos 22 anos, o artista ganhou do Império uma bolsa de estudos na Europa, permanecendo durante seis anos na Escola de Belas Artes de Paris e na Escola Municipal de Desenho de Paris, França. Regressou a Sergipe em 1881(Permaneceu por 6 anos na França), porém sua estadia foi curta, em 1884, viajou a Salvador e de lá retornou a Paris, onde faleceu em 1890.
Em sua primeira estadia na cidade francesa, o artista visitou o Museu do Louvre e copiou a Virgem. A tela está na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, na Catedral de Aracaju. Esta foi uma das mais de 300 obras pintadas pelo artista, entre as quais se destacam: Peri e Ceci, Miséria e Caridade, Quitanta em Paris, Auto-retrato, Folhas de Outono, Crime do Desembargador Pontes, Madona com menino (Óleo sobre tela). – OBRA ORIGINAL E INÉDITA NO BRASIL. O pintor viveu muitos anos em Sergipe e morou por tanto outros na França, sempre produzindo obras marcantes pelo seu grande talento, estas decoraram algumas alas de visita das casas grandes.
Ainda hoje, tem-se dificuldade em localizar estas obras, visto que, muitas não receberam o devido tratamento de conservação e foram negligenciadas por desconhecedores da sua importância.
Suas principais inspirações foram poemas e obras literárias, a exemplo da obra Peri e Ceci inspirada pela obra O Guarani de José de Alencar e a obra Outono, a qual foi inspirada por um poema de Victor Hugo, estas são consideradas duas de suas obras primas. Sua contribuição para o Romantismo brasileiro o torna possivelmente o maior deles, o maior pintor do movimento de romantismo no Brasil.



