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sábado, abril 26, 2025
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Campanha Maio Roxo alerta sobre as doenças inflamatórias intestinais

Professora Leda Delmondes destaca a importância da canpanha para conscientizar a população a respeito das doenças inflamatórias.

No mês de maio é divulgada a campanha para chamar atenção ao diagnóstico precoce de doenças de Crohn e retocolite ulcerativa, também conhecidas como Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs). As doenças foram descritas em 1932 por Dr. Burrill B. Crohn. Sua etiologia é multifatorial e de caráter autoimune. Sabe-se que além do mecanismo imune, tem componente genético, processo inflamatório e o contato com o meio externo.

No dia 19 de maio é comemorado o Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal (World IBD Day) e a professora do curso de Medicina, Msc. Leda Delmondes, explica a importância de conscientizar a população a respeito das doenças inflamatórias. “Por meio das campanhas idealizadas, podemos orientar sobre os cuidados para melhorar a qualidade de vida dos portadores das doenças inflamatórias intestinais”, afirma.

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As doenças inflamatórias intestinais, muitas vezes silenciosas, podem ser leves, moderadas ou evoluir para casos severos, levando inclusive à morte. Os sintomas mais comuns das doenças inflamatórias intestinais são: dor abdominal, diarreia, perda de peso e sangramento retal. Embora as DIIs sejam crônicas, ou seja, não têm cura, atualmente existem tratamentos eficazes que permitem que os pacientes portadores das doenças intestinais tenham uma vida com qualidade e produtiva. “Estão incluídas nas DII a retocolite ulcerativa, que acomete o intestino grosso e reto, e a doença de Crohn, que pode atingir todo o trato digestório, desde a boca até o ânus”, destaca.

De acordo com a professora Leda, as DIIs podem acometer pessoas em qualquer idade, principalmente jovens em fase fértil e adultos a partir de 50 anos e independe do sexo. “Trata-se de uma doença de caráter inflamatório com períodos de remissão e exacerbação. Quanto mais precoce é o diagnóstico melhor o prognóstico, ou seja, previne-se as complicações. O diagnóstico da DII é feito por uma boa avaliação clínica, através da anamnese e exame físico, colonoscopia, exames laboratoriais, biópsia e radiológico”, explica.

Em sua perspectiva como médica, Leda destaca a importância do diagnóstico precoce. “É preciso lembrar que a verdadeira Medicina está na preventiva. A medicina cura muito pouco, na realidade tratamos os sintomas. Ou seja, tratamos os efeitos da hipertensão arterial, os sintomas da diabetes mellitus, o sangramento intestinal, a diarreia ou a infecção. Precisamos lembrar que as doenças são originadas de algum desajuste orgânico devido a perda da homeostase/equilíbrio de um sistema. Por isso o diagnóstico precoce torna-se importante. Sintomas com dor abdominal e diarreia crônica são os principais sintomas e que devem ser avaliados pelo especialista”, frisa.

Alimentos inflamatórios

Estudos recentes informam sobre o controle de alimentos e dieta com alto valor calórico e vitaminas. Doces e frutas em compota com alto grau de açúcar exacerbam a atividade da doença em muitas pessoas. Pão branco, pão de forma e comidas altamente condimentadas não fazem parte da dieta para pacientes com doença de Crohn e deveriam ser substituídos por alimentos com alta quantidade de fibras. Não há uma regra ou protocolo a ser seguido, mas, avaliar e adequar de acordo com a evolução e as complicações da doença

“Não se sabe ao certo o que provoca a inflamação no intestino. Mas existem quatro pontos importantes a se pensar ao diagnosticar e tratar uma DII, que são: mecanismo imune, o componente genético, o processo inflamatório e o contato com o meio externo. Mas, nenhum desses fatores sozinho, ou mesmo o stress, ou alguma comida, provocam o surgimento das doenças”, ressalta.

Para tratar o intestino inflamado, deve-se comer alimentos de fácil digestão e que não sejam irritantes para ajudar na recuperação do intestino. Por isso, a dieta se baseia no consumo de vegetais cozidos, carnes magras, frutas sem casca e cozidas, de preferência, e cereais sem glúten, como flocos de milho e aveia, por exemplo, pois são mais fáceis de digerir e ajudam a aliviar a inflamação do intestino.

A inflamação no intestino pode acontecer devido a situações como doença de Crohn, síndrome do intestino irritável, ou enterite, que é a inflamação causada pela ingestão de alimentos ou água contaminados por vírus ou bactérias.

Além disso, para tratar a inflamação do intestino também é importante evitar alimentos de difícil digestão, como açúcar refinado, mel, doces ou bolos, alimentos com muita gordura, como frituras, salgadinhos de pacote, sorvetes e fast food, e alimentos que estimulam a produção de gases, como laticínios com lactose e leguminosas.

Os alimentos que devem ser priorizados na dieta são os de fácil digestão e com pouca gordura, como:

Proteínas magras, como frango, peru, ovos, peixe ou tofu;

Cereais sem glúten, como arroz, milho, fubá, aveia, quinoa ou macarrão de arroz;

Vegetais, como abóbora, cebolinha, berinjela, azeitonas, pimentão vermelho, tomate, espinafre, abobrinha, alface, cenoura ou pepino;

Frutas sem casca, incluindo como banana, maçã, uva, kiwi, limão, mirtilo, morango, melão, maracujá, abacaxi ou tangerina;

Laticínios sem lactose, como iogurte sem lactose, leite sem lactose, queijos sem lactose;

Bebidas vegetais, como leite de coco, leite de amêndoas ou leite de arroz;

Oleaginosas, como amêndoas, castanha do Pará, avelã, nozes ou castanha de caju;

Gorduras saudáveis, como azeite, óleo de abacate e óleo de linhaça;

Bebidas, como água e chás sem cafeína, como camomila, cidreira e hibisco.

“O tratamento é individualizado para cada doença e formas como ela se apresenta. Há seis tipos de drogas que são comumente usadas para tratar a DII. Algumas delas fazem com que a doença ativa (crise) volte para a fase inativa (remissão). Outras, mantêm a doença sob controle (manutenção da remissão). Às vezes, a mesma medicação é usada para ambas as funções. Como são doenças que não há cura, o objetivo do tratamento é o controle dos sintomas e das complicações”, conclui.

Fonte: Unit

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