As declarações do artista plástico ‘Ednaldo Nogueira’, classificando o Encontro Cultural de Laranjeiras como “amador”, revelam muito mais sobre ele do que sobre o evento. Vamos analisar juntos agora na Página!
As recentes declarações do artista plástico Ednaldo Nogueira, classificando o Encontro Cultural de Laranjeiras como “amador”, reacenderam um debate que há muito acompanha a vida cultural do município: o quanto as opiniões públicas sobre nossos eventos são influenciadas pela política — e o quanto isso, muitas vezes, distorce percepções, apaga esforços e desvaloriza o trabalho coletivo de quem constrói a cultura local.
É preciso dizer com clareza: o Encontro Cultural de Laranjeiras não é apenas mais um evento. Trata-se de um dos maiores e mais tradicionais festivais culturais do país, referência nacional na preservação do folclore, das artes populares e das identidades regionais. Décadas de história, pesquisa, participação comunitária e produção artística sustentam essa grandeza.
Diante disso, qualificá-lo como “amador” é não apenas uma avaliação questionável, mas também um desrespeito às centenas de pessoas — artistas, mestres da cultura, organizadores, técnicos, estudantes e pesquisadores — que, ano após ano, trabalham para garantir que uma tradição se mantenha viva e relevante.
O peso das motivações políticas
Não é segredo para ninguém que Ednaldo Nogueira se afastou do Encontro Cultural há bastante tempo, por razões políticas próprias. Isso, naturalmente, influencia sua leitura do festival atual. Toda crítica é legítima, mas é necessária consideração quando ela deixa de refletir apenas uma análise técnica e passa a carregar o peso das disputas partidárias.
Em uma cidade de forte identidade cultural como Laranjeiras, a política costuma se entrelaçar com quase tudo — inclusive com a arte. O problema surge quando esse entrelaçamento ofusca a capacidade de reconhecer avanços, melhorias e treinamentos reais.
O papel de quem é da terra
Ser laranjeirense — e especialmente ser artista — traz consigo uma responsabilidade: participar, colaborar, criticar quando necessário, mas também reconhecer os méritos e conquistas coletivas.
O Encontro Cultural não pertence a um governo, a um partido ou a um grupo específico. Ele pertence ao povo, aos mestres do folclore, aos grupos culturais que atravessam gerações, aos visitantes que chegam para aprender, aos jovens que descobrem sua própria identidade pelo meio da arte.
Contribuir com esse evento não é apenas apresentar-se no palco ou participar da programação. Contribuir é considerar o que está dando certo, proporcionar melhorias, somar forças — e não desqualificar de forma rasa algo construído por tantas mãos.
Crítica é fundamental, mas precisa para contribuição ser acompanhada de conhecimento e compromisso
O debate público sobre cultura é necessário. A crítica — especialmente a crítica de artistas — é saudável e essencial para a evolução de qualquer evento. Porém, ela só é construtiva quando vem acompanhada de compromisso, conhecimento de causa e vontade real de melhorar. O que enfraquece, e não fortalece, é a crítica feita à distância, sem participação, sem envolvimento, sem vivência recente do evento.
Um patrimônio que precisa de união, não de divisões
O Encontro Cultural de Laranjeiras é um patrimônio sergipano e brasileiro. Ele não precisa ser perfeito — mas precisa ser defendido, valorizado e aprimorado continuamente. E isso só acontece quando artistas, investidores, pesquisadores e população caminham juntos.
No fim das contas, o debate sobre o Encontro Cultural revela algo maior: a necessidade de separarmos divergências políticas do reconhecimento daquilo que é maior do que qualquer disputa partidária — nossa cultura, nossa história e nossa identidade coletiva.
Se quisermos que o Encontro continue crescendo, projetando Laranjeiras nacionalmente e fortalecendo nossas tradições, precisamos menos de críticas vazias e mais de participação responsável, diálogo e respeito.
Quando a crítica vira desinformação: por que o ataque ao Encontro Cultural de Laranjeiras não se sustenta
As declarações do artista plástico Ednaldo Nogueira, classificando o Encontro Cultural de Laranjeiras como “amador”, revelam muito mais sobre ele do que sobre o evento. É impossível ignorar o evidente componente político por trás dessa avaliação superficial — e, para ser sincero, injusta.
Estamos falando de um dos maiores e mais tradicionais eventos culturais do Brasil, reconhecido nacionalmente, respeitado por pesquisadores, valorizado por mestres do folclore e visitado anualmente por milhares de pessoas. Chamar isso de “amador” não é opinião: é distorção.
Crítica sem presença, sem participação e sem vivência recente não tem credibilidade
Ednaldo Nogueira não participa do Encontro há anos — por decisão política, não artística. Como pode avaliar a qualidade atual de algo do qual ele próprio se afastou? A crítica perde força quando vem de quem não acompanha, não participa e sequer conhece de perto a evolução recente do evento. Falar de longe é fácil. Difícil é colocar a mão na massa, contribuir, apresentar propostas e encarar o que realmente significa organizar um evento desta magnitude.
Desrespeito a quem faz cultura de verdade
Ao taxar o Encontro de “amador”, Nogueira não atinge gestores. Ele atinge:
- os mestres da cultura popular;
- os grupos folclóricos que ensaiam o ano inteiro;
- os artistas que viajam horas para se apresentar;
- os pesquisadores que constroem a programação acadêmica;
- os profissionais que estruturam o evento;
- e todos que dedicam tempo, suor e amor para manter viva a identidade cultural de Laranjeiras.
Desqualificar esse trabalho é, no mínimo, desrespeitoso. Quem é da terra deveria defender o que é nosso — não atacar por conveniência política
- Laranjeiras tem um patrimônio que muitas cidades do Brasil gostariam de ter: um encontro cultural que atravessa gerações e coloca Sergipe no mapa da cultura nacional.
- Todo laranjeirense — especialmente artistas — deveria sentir orgulho disso.
- Criticar é saudável. Sabotar é outra coisa.
O mínimo que se espera de quem se diz representante da cultura local é responsabilidade. E responsabilidade inclui reconhecer avanços, participar do processo, propor melhorias e valorizar o que é nosso.
O Encontro Cultural é grande demais para caber em disputas pequenas
A arte é maior do que qualquer rivalidade política. A cultura é maior do que qualquer picuinha partidária.nO Encontro Cultural de Laranjeiras sobrevive há décadas justamente porque não pertence a um grupo — pertence ao povo. Quem quer contribuir, é bem-vindo.
Quem quer apenas usar o evento como palanque político, que pelo menos tenha a honestidade de admitir. opiniãoLaranjeiras merece críticas construtivas, não ataques disfarçados de opinião.
Em breve tem mais!
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