Governador de São Paulo diz que medida desconsidera estado de saúde de Bolsonaro e “atenta contra a dignidade humana”; aliado reforça apoio político ao ex-presidente.
Segundo informações publicadas na Jovem Pan, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, criticou neste sábado (22) a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em publicação nas redes sociais, ele afirmou que a decisão desconsidera o estado de saúde do ex-chefe do Executivo e classificou a medida como um ato que “atenta contra a dignidade humana”.
“Tirar um homem de 70 anos da sua casa, desconsiderando seu grave estado de saúde e ignorando todos os apelos provenientes das mais diversas fontes, todos os laudos médicos e evidências, além de irresponsável, atenta contra o princípio da dignidade humana”, escreveu Tarcísio.
O governador também exaltou Bolsonaro e reforçou seu apoio político ao ex-presidente. “É inocente e o tempo mostrará. Seguimos firmes ao seu lado e lutaremos para que essa injustiça seja reparada o quanto antes”, declarou.
A prisão preventiva foi realizada pela Polícia Federal após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sob justificativa de “garantia da ordem pública”. A decisão citou ainda uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro em frente ao condomínio onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar, além da suspeita de tentativa de violação da tornozeleira eletrônica.
Bolsonaro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde permanece em uma sala de Estado, espaço reservado a autoridades de alto escalão, como ex-presidentes. A decisão, porém, não representa o início do cumprimento da pena de 27 anos e três meses a que ele foi condenado.
Em setembro, o STF condenou Bolsonaro e aliados por crimes como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e dano qualificado ao patrimônio público. As penas ultrapassam 20 anos de reclusão para a maioria dos réus, mas todos ainda podem recorrer antes da execução definitiva.
A defesa de Bolsonaro afirma que ele não tem condições físicas de ser encaminhado a um presídio comum e que sua saúde estaria “profundamente debilitada”. Os advogados pediram que o ex-presidente cumpra pena em casa e anunciaram que irão apresentar novos recursos, incluindo embargos infringentes.
Da Redação do RS NOTÍCIA



