Até agora, a corte só declarou ex-juiz federal suspeito no caso do tríplex do Guarujá.
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao Supremo Tribunal Federal que a suspeição do ex-juiz federal Sergio Moro se estenda aos processos do sítio de Atibaia e do Instituto Lula. Até então, a corte só declarou ex-ministro da Justiça suspeito no caso do tríplex do Guarujá.
Destinada ao ministro Gilmar Mendes, a petição afirma que as ações “estiveram sob a condução enviesada” de Moro, justificando, assim, a nulidade de todos os atos pré-processuais e processuais. Além disso, a defesa alega que há “igual situação jurídica” nos processos.
“Torna-se imperiosa a extensão da ordem de habeas corpus às demais acusações lançadas contra o paciente [Lula] que estiveram sob a condução enviesada de Sérgio Fernando Moro, decretando-se, por conseguinte, a nulidade de todos os atos pré-processuais e processuais perpetrados em tais feitos”, diz um trecho do pedido.
No dia 23 de março, a 2ª Turma do STF decidiu, por 3 votos a 2, que Moro foi parcial ao condenar o ex-presidente Lula no caso do triplex do Guarujá. A maioria foi atingida depois que a ministra Cármen Lúcia, que havia se posicionado contra o pedido em 2018, quando começou a ser analisado, revisou o voto.
Ela acompanhou os posicionamentos de Gilmar e Ricardo Lewandowski. Edson Fachin, relator do caso, e Nunes Marques foram os votos vencidos.
Com informações da CNN Brasil