As medidas foram relatadas por meio de Estudos realizados em localidades de Canindé do São Francisco e outras cinco cidades da região dos Canyons do Xingó.
Um relatório técnico divulgado após uma vistoria realizada durante o mês de fevereiro na região dos Cânions do Xingó, sugere novas medidas para evitar acidentes geológicos.
As sugestões foram feitas pelo Serviço Geológico do Brasil – CPRM, que esteve em algumas localidades do município de Canindé do São Francisco, no alto sertão sergipano, além de outras quatro cidades localizadas nos estados de Alagoas e Bahia.
Os representantes da Defesa Civil Estadual de Sergipe, da Prefeitura Municipal de Canindé de São Francisco e da Associação dos Operadores Turísticos do Lago de Xingó (ATOLX), após análise minuciosa das citadas sugestões, apresentaram propostas de intervenções e ações a serem providenciadas para garantir a segurança dos visitantes nas áreas que lhes competem. “O resultado do estudo nos traz embasamentos para providências que serão tomadas e que aumentam ainda mais a segurança da nossa região”, ressalta a secretária de Turismo do Município de Canindé de São Francisco, Patrícia Vitor.
Dentre as 14 orientações apresentadas estão: a criação de plano de contingências em casos de acidentes, proibição de construções em áreas protegidas e adoção de equipamentos de proteção individual. O relatório ainda frisou que as indicações são não-mandatórias e que tem o objetivo de nortear as administrações municipais e autoridades para reduzir o risco geológico na região.
Veja abaixo as 14 medidas indicadas pelo CRPM:
- Avaliar a remoção e/ou contenção de blocos soltos e instáveis localizados entre a borda e o topo dos paredões, acima de áreas onde é comum a presença humana.
- Evitar a manutenção de estruturas de visitação, em locais que estejam a uma distância mínima menor que meia vez a altura do paredão.
- Utilizar bóias flutuantes na demarcação de perímetros de interesse.
- Dar preferência a locais onde a face do paredão se afasta da margem do lago, com amplitudes reduzidas e inclinações mais suaves, para a implantação de novas áreas de banho.
- Manter o tráfego de embarcações a uma distância mínima de uma vez a altura do paredão.
- Evitar visitas e passeios em dias com elevadas previsões de precipitação.
- Criar um plano de contingência, para ser usado na eventualidade da ocorrência de acidentes.
- Promover campanhas de conscientização para os perigos intrínsecos ao ambiente, com divulgação de material orientativo.
- Adoção de equipamentos de proteção individual como capacetes, em locais que apresentem um teto rochoso, como a Furna do Morcego e a Gruta do Talhado.
- Desenvolver estudos geotécnicos e hidrológicos com a finalidade de embasar os projetos e/ou obras de contenção de encostas ou de blocos rochosos;
- Fiscalizar e proibir a construção ou visitação em áreas protegidas pela legislação vigente;
- Instalar sistema de alerta para as áreas suscetíveis,
- Fiscalizar e exigir que novos empreendimentos turísticos apresentem laudos técnicos ou estudos correlatos
que autorizem a visitação turística ao local. - Adequar os projetos de engenharia às condições geológicas e topográficas locais, evitando realizar escavações e aterros de grande porte.
Com informações de Milton Filho e Aisla Vasconcelos, do portal Infonet.