Uma força-tarefa integrada realiza nesta segunda-feira, 13, fiscalizações em postos de combustíveis da capital sergipana. A ação marca a segunda fase da ‘Operação Apostos’, que investiga possíveis adulterações nos combustíveis comercializados na Região Metropolitana de Aracaju.
Pela primeira vez em Sergipe, as equipes utilizam o espectrofotômetro — aparelho que permite identificar, de forma rápida e precisa, a composição do combustível, detectando possíveis adulterações sem a necessidade de envio de amostras ao laboratório.
Segundo a promotora de Justiça e Defesa do Consumidor, Euza Missano, a operação busca garantir tanto a qualidade quanto a quantidade correta dos combustíveis ofertados aos consumidores. “Ao longo do ano, realizaremos fiscalizações em postos de combustíveis. Hoje, nosso foco é verificar a qualidade do produto. Essa força-tarefa conta com a participação da Delegacia do Consumidor, do Procon estadual, do Procon municipal e da ANP. Já trabalhamos, neste ano, em parceria com o Inmetro de São Paulo e o ITPS para verificar também a volumetria”, explicou Euza.
A promotora destacou ainda a importância do novo equipamento, adquirido por meio de reversão de multa aplicada em fiscalizações anteriores. “O espectrofotômetro é um presente para a sociedade. Ele permite detectar de imediato a presença de metanol no combustível, o que é fundamental para a adoção de providências rápidas e para a proteção do consumidor. Diferente do etanol, que tem um percentual permitido na gasolina, o metanol é tóxico, danifica motores e pode causar sérios danos à saúde de frentistas e consumidores”, alertou.
Além da adulteração, a operação também avalia riscos relacionados à inalação de substâncias como o benzeno, que pode provocar tonturas e até desmaios, como já registrado em outras ocasiões, de acordo com a promotora.
Participam da operação o Ministério Público de Sergipe (MPSE), a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), os Procons Estadual e Municipal e a Delegacia do Consumidor.
Com informações de João Paulo Schneider do portal Infonet
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