A implantação do canteiro-modelo do IPHAN também vai marcar a retomada de investimentos no Centro Histórico do município.
Nesta quarta-feira, 23, a Prefeitura de Laranjeiras e o Instituto Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS), lançaram o canteiro-modelo no município. O objetivo é realizar ações de assistência técnica pública e gratuita, para o desenvolvimento, capacitação e qualificação de intervenções de conservação de bens tombados pelo instituto em Laranjeiras.
A implantação do canteiro-modelo do IPHAN também vai marcar a retomada de investimentos no Centro Histórico do município. Assim como, focar na preservação, manutenção e valorização do Patrimônio para destino turístico. O canteiro também deve promover a geração de emprego e renda para toda a comunidade local.
A solenidade contou com a participação do prefeito de Laranjeiras, José de Araújo Leite Neto (Juca), do presidente do IPHAN, Leandro Grass, do reitor da UFS, Valter Joviano de Santana Filho, do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Jeferson Andrade, do secretário de Estado do Turismo, Marcos Franco, do presidente da Cãmara Municipal, Adriano Carvalho e os demais vereadores, entre outras autoridades.
O canteiro-modelo é um mecanismo de gestão que busca estruturar diversas estratégias e ações de preservação já realizadas no Brasil. Pretende-se, através deste mecanismo, converter a necessidade de ações de conservação e restauro dos bens tombados pelo IPHAN, especialmente aquelas financiadas com verbas federais, para a realização e fortalecimento das ações institucionais de preservação e salvaguarda do patrimônio cultural brasileiro, transformando os canteiros de obras e as frentes de serviços de conservação em sedes proativas enquanto organizadoras da sociedade e de parceiros interessados na preservação do patrimônio cultural, reforçando suas vocações, carências e responsabilidades.
“Estamos trazendo para Laranjeiras investimentos importantes nunca vistos na história do município em todas as gestões que já passaram. É um esforço enorme para preservar o nosso patrimônio, que é reconhecido nacionalmente pelo IPHAN. Assim como, promover o desenvolvimento sustentável e levar mais qualidade de vida aos laranjeirenses. Além disso, os profissionais do IPHAN e de toda a equipe, sempre presentes na cidade vão manter o constante diálogo com o nosso povo. Isso vai facilitar bastante em todos os pontos de vista, já que, conhecendo a real necessidade da comunidade, os profissionais podem desenvolver ações específicas”, disse o prefeito Juca.
O presidente do IPHAN, Laendro Grass, destacou que o canteiro-modelo é um dos projetos mais importantes do IPHAN. “Hoje, a gente traz para Laranjeiras o projeto mais importante da gestão do IPHAN e com ele, a gente espera dar respostas às reais necessidades da população que vive em centros históricos tombados, já que, muitas vezes, existem conflitos a respeito das construções e preservações dos monumentos, e hoje a gente reverte esse quadro, através de uma parceria com a Prefeitura, a UFS, o IPHAN e com todos os moradores. O resultado é que a gente está chegando aonde realmente precisa, que é no povo, com redução das desigualdades, fragilidades e vulnerabilidade social”, disse Grass.
Em Laranjeiras, nesta primeira fase, a equipe do canteiro-modelo vai realizar ações de Assistência Técnica Pública e Gratuita, através da extensão universitária multidisciplinar, estágios supervisionados, residências acadêmicas, grupos de pesquisa e demais mecanismos acadêmicos capazes de garantir o fortalecimento técnico das práticas de conservação das habitações inseridas em área de tombamento e do patrimônio cultural relacionado.
As atividades desenvolvidas vão ser geridas pelo DEPAM, coordenadas pela UFS e apoiadas pela Prefeitura e pela Superintendência do IPHAN em Sergipe. A estratégia baseia-se primordialmente no estabelecimento de TEDs (Termo de Execução Descentralizada) e ACTs (Acordo de Cooperação Técnica) entre o IPHAN e os parceiros alinhados à ação.
Ainda nesta primeira fase, vai ser estabelecida a estruturação de diálogo entre as estratégias de conservação locais e as políticas públicas de desenvolvimento social e urbano adotadas em âmbito municipal, estadual e federal, garantindo a convergência, e por consequência, o aumento de investimentos financeiros na preservação dos bens culturais tombados. Além da identificação e monitoramento do estado de conservação dos conjuntos e bens isolados tombados com vistas a organizar e disponibilizar conhecimento, oportunizando a priorização de investimentos estratégicos com base em dados precisos.
Fonte: Midiando Comunicação/ASCOM PML.