sábado, julho 27, 2024
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Unigel faz cobranças a Petrobras (PETR4) e ameaça demissão em massa

A Unigel cobra uma posição da Petrobras em relação às unidades da empresa na Bahia e Sergipe. A empresa alega que foi obrigada a parar as atividades da unidade de Sergipe no dia 1º de abril e a da Bahia em 6 de junho.

A crise na Unigel começa a tomar contornos dramáticos. Em mensagens que o site BP Money teve acesso, a empresa cobra uma posição da Petrobras (PETR3;PETR4) em relação às unidades da empresa em Camaçari (BA) e Laranjeiras (SE). Segundo o documento, que tem data da última quinta-feira (27), a Unigel reforça que precisa de uma posição da Petrobras, sob o risco de demissões nas duas unidades.

Nas mensagens,  No dia 20 de junho, tiveram início os desligamentos na unidade sergipana, porém, neste mesmo dia, a Petrobras solicitou a suspensão das demissões, por que tinha uma proposta para que a Unigel não tivesse mais prejuízos em sua operação.

Dois dias depois, a estatal apresentou uma proposta de “Tolling”, que consiste em converter o gás natural em ureia e amônia e em contrapartida a Unigel não faria demissões nestas unidades. Depois de cinco semanas a promessa não se concretizou e a Unigel manteve os funcionários.

As empresas se reuniram na semana passada e diferente do que alegou a Petrobras, que avaliou a operação como onerosa, a Unigel defendeu que o preço da ureia teve forte elevação no mercado brasileiro e internacional de US$ 270/t para US$ 400/t, o que, segundo a empresa, significa um volume mensal estimado de 80.000 t e aumentaria o faturamento em mais de US$ 10 milhões mensais.

A Unigel afirma que fez todo esforço para manter as operações, ação esta que custou a “deterioração de sua situação financeira”. A empresa ainda diz que reativou em julho, “com grande sacrifício”, a produção na Bahia a pedido do Ministério de Meio Ambiente “para que o Brasil não ficasse desabastecido de ARLA-2 (produto fundamental e de uso obrigatórios em todos os motores a diesel), evitando o colapso no transporte de carga no Brasil.

“A demissão dos colaboradores, além do grande impacto social, acarretará numa grande dificuldade para o Brasil retomar novos projetos nesta área pela perda de conhecimento decorrente”, pontuou.

Procurada pelo BP Money, a Unigel disse que não iria comentar sobre o assunto. A Petrobras não respondeu até o fechamento da matéria.

Fonte: BP Money

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