Defesa do ex-deputado federal alega que “André é inocente e o Supremo Tribunal Federal deverá reconsiderar a decisão”.
Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira, 04, com a presença de seus advogados de defesa e familiares, o ex-deputado federal André Moura comentou sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em condená-lo a 8 anos e 3 meses de prisão.
O ex-parlamentar afirmou que respeita a decisão do STF, mas que tem confiança na própria inocência. “Eu não posso ser penalizado pelos atos que eu não pratico. Tenho certeza que ao final deste processo eu vou estar inocentado. Não é nenhum desrespeito ao STF, nem nenhum desrespeito ao julgamento, muito pelo contrário. Respeito o STF, a respeito a decisão, mas não aceito, pois tenho a consciência e a convicção plena de que sou inocente”, disse André Moura.
Na última quarta-feira, 29, André Moura foi condenado em ações penais pelo STF, por desvio de recursos da Prefeitura de Pirambu. Durante a coletiva, a defesa do ex-deputado também comentou sobre a decisão. “Já tem uma questão de ordem protocolada pela defesa e depois da questão de ordem serão protocolados os três recursos que são cabíveis. A questão de ordem deve ser debatida e os recursos serão interpostos na sequência”, disse o advogado de defesa Evânio Moura.
Durante o depoimento, o ex-deputado também afirmou que manterá a sua pré-candidatura para as eleições de 2022. “Nossa pré-candidatura está mantida. Mas se você me perguntar pré-candidato a quê, isso eu nunca disse, aquilo que serei candidato. Estou no agrupamento político liderado pelo governador Belivaldo Chagas, fizemos aliança para construir e ajudar, sem exigir candidatura. Meu planejamento continua inalterado, respeitando a decisão do STF. No momento certo, que o governador iniciar essa discussão, nós iremos definir a nossa candidatura”, afirmou André Moura.
A defesa do ex-deputado, o advogado Márcio Conrado, pontuou ainda que o julgamento ainda não foi concluído e que o ex-parlamentar não pode ser considerado condenado. “Não há uma condenação ainda posta. Várias questões de ordem jurídicas serão ainda conhecidas e analisadas pelo Supremo Tribunal Federal. Então, não se pode dizer que existe uma condenação até porque não existe um acórdão publicado, com a decisão a ser cumprida. Não há qualquer possibilidade de dizer que André está inelegível”, comentou o advogado de defesa Márcio Conrado.
Com informações de Milton Filho e Aisla Vasconcelos, do portal Infonet.