terça-feira, outubro 15, 2024
InícioPolíticaMinistros do STF formam maioria para manter suspensão de emendas parlamentares

Ministros do STF formam maioria para manter suspensão de emendas parlamentares

Os ministros André Mendonça, Luiz Edson Fachin, Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli seguiram a decisão de Flávio Dino, que exige maior transparência na execução dos recursos.

STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu, por maioria, manter as determinações do ministro Flávio Dino que suspenderam a execução de emendas parlamentares. Essa suspensão abrange todas as emendas impositivas apresentadas por senadores e deputados federais — tanto as impositivas quanto as “emendas Pix” — e permanecerá em vigor até que o Congresso Nacional estabeleça novas diretrizes que assegurem a transparência e a eficiência na liberação dos recursos orçamentários.

As emendas impositivas são instrumentos que possibilitam a alocação de recursos do orçamento público para projetos específicos, com a obrigatoriedade de execução pelo Poder Executivo. Já as “emendas Pix” são transferências diretas de recursos para Estados e municípios, sem a necessidade de detalhamento. Dino, que é relator de quatro ações sobre o tema, defende que a execução dessas emendas deve seguir critérios rigorosos de eficiência e transparência, em conformidade com a Constituição Federal.

Até o momento, seis ministros votaram a favor das restrições: Flávio Dino, André Mendonça, Luiz Edson Fachin, Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli. Com isso, a maioria necessária para validar as decisões foi alcançada. O julgamento ocorre no plenário virtual e deve ser concluído até o fim da noite desta sexta-feira, salvo interrupção por algum ministro.

Dino argumenta que a liberação de emendas que não atendem a padrões técnicos adequados compromete a integridade do sistema orçamentário. Para que a execução seja retomada, ele estipula a necessidade de um plano de trabalho que comprove a compatibilidade das propostas com os objetivos orçamentários, além de garantir o cumprimento de normas que promovam a rastreabilidade dos gastos públicos.

O tema gerou novo atrito entre o Legislativo e o Judiciário — e o Executivo por tabela. Alguns parlamentares acreditam que o governo federal está por trás da decisão do Supremo, destacando que Flávio Dino era ministro da Justiça antes de ir para o Supremo.

O Congresso Nacional, insatisfeito com as decisões, recorreu ao STF argumentando que as medidas causam “grave lesão ao princípio da separação dos poderes” e paralisam serviços essenciais para a população. Deputados e senadores queriam que Luís Roberto Barroso, presidente da Corte, derrubasse a decisão de Dino, mas ele rejeitou o pedido, dizendo que decisões monocráticas dificilmente são suspensas e que o plenário já estava julgando.

Com informações do portal Jovem Pan News

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Últimas Notícias

Política de Privacidade