A vereadora Mônica Sobral desrespeitou todos os vereadores da base aliada, durante pronunciamento na sessão legislativa desta terça-feira, 27.
Em mais uma sessão tensa na Câmara de vereadores de Laranjeiras, a vereadora Mônica Sobral (PP) usou a tribuna nesta terça-feira, (20) e agrediu os 10 representantes do legislativo municipal, que compõem a base aliada ao prefeito Juca (MDB), chamando-os de subservientes que se ajoelham aos pés do gestor municipal, entre outros termos ofensivos.
O discurso da parlamentar, classificado por alguns vereadores como discurso de ódio, provocou a reação dos edis, que usaram a tribuna para se defender e deixar claro que as ofensas são infundadas e sem provas, com o objetivo apenas de desgastar a imagem do prefeito e daqueles que fazem parte do agrupamento político liderado por Juca.
Já no discurso de posse e em sessões plenárias anteriores, como as de ontem, Mônica Sobral fez ataques pessoais ao prefeito Juca, à Câmara Municipal e ao presidente da casa legislativa, ao Ministério Público, ao Supremo Tribunal Federal, ou seja, ofendeu as instituições democráticas e representativas.
Por conta dos discursos, a população e os vereadores questionam nos bastidores da política uma possível quebra de decoro parlamentar, já que, segundo este código, é obrigação dos vereadores, promover a defesa do interesse público e da soberania, respeitar e cumprir a Constituição, as leis e o regimento interno da Câmara, zelar pelo prestígio, aprimoramento e valorização das instituições democráticas e representativas e pelas prerrogativas do Poder Legislativo, exercer o mandato com dignidade e respeito à coisa pública e à vontade popular, agindo com boa-fé, zelo e probidade.
Ainda de acordo com o código de Ética e Decoro Parlamentar, o vereador deve tratar com respeito e independência os colegas, as autoridades, os servidores da Casa e os cidadãos com os quais mantenha contato no exercício da atividade parlamentar, não prescindindo de igual tratamento e respeitar as decisões legítimas dos órgãos da casa legislativa.
Caso as regras sejam descumpridas, o ato é considerado atentatório ao Decoro, como perturbar a ordem das sessões da Câmara ou das reuniões de comissão; praticar atos que infrinjam as regras de boa conduta nas dependências da Casa; praticar ofensas físicas ou morais nas dependências da Câmara ou desacatar, por atos ou palavras, outro parlamentar, a mesa ou comissão, ou os respectivos presidentes; dentre outros.
Para esses atos, o código prevê quatro tipo de punições, que vão desde censura verbal ou escrita até a perda do mandato. Essas punições são aplicadas conforme a natureza e gravidade das infrações cometidas.
Na tribuna, o vereador Adriano Carvalho (MDB) declarou: “A vereadora Mônica Sobral desrespeitou os 10 vereadores na sessão de hoje, 27 de maio de 2025. A parlamentar faltou com a ética e exagerou mais uma vez no tom como vem conduzindo o seu mandato, sem apresentar sequer uma propositura em quase seis meses ocupando uma cadeira do legislativo”, disse.
O vereador acrescentou ainda que: “A oposição precisa ser feita com responsabilidade, mesmo que solitária. Nenhum dos parlamentares desta casa é subserviente e nem se ajoelha. O Executivo e o Legislativo são poderes independentes e que caminham juntos para o benefício da cidade. Se cada vereador hoje exerce os seus cargos é porque o povo votou e também quer ser rspeitado. É preciso mais ação da vereadora e menos inverdades na casa do povo”, destacou.
Juliano Soares também saiu em defesa dos colegas e frisou: “Hoje, subi à tribuna para repudiar as palavras da vereadora Mônica Sobral, que, desde o início do mandato faz discursos firmes, mas, nem sempre verdadeiros. Hoje, ultrapassou os limites da ética e preferiu fazer um discurso de ódio. A falta de respeito com cada parlamentar é inadmissível e não podemos recuar. Vamos sempre rebater as inverdades como firmeza, para que o povo saiba de todas as ações que realizamos no dia a dia”, ressaltou.
“Assim como os meus colegas vereadores, eu venho sempre trabalhando pelo povo e para o povo e, assim, vamos continuar. Somos parte de um grupo forte que merece respeito. Não é uma atitude solitária que vai nos intimidar”, reafirmou Juliano.
Da Redação do RS NOTÍCIA